Na noite de ontem, 17 de setembro, o TSE - Tribunal Superior Eleitoral, decidiu por quatro votos a três que as candidaturas laranjas levam a cassação de toda a chapa. A decisão foi tomada em processo que julgou o caso de candidatas laranjas, usadas para fraudar a cota mínima de candidatas mulheres, em coligação para o cargo de vereador na cidade de Valença do Piauí - Pi. Este foi o primeiro processo da cota de gênero julgado pelo TSE. A decisão de ontem, pode significar um precedente a ser aplicado pelo TSE em casos de candidatura laranja em todo o país. A Lei das Eleições determina que pelo menos 30% das candidaturas devem ser de mulheres. A chapa de vereadores no Piauí foi acusada de utilizar candidaturas fictícias de mulheres que não chegaram sequer a fazer campanha eleitoral, com o objetivo de fraudar o cumprimento da cota. O TSE entendeu que a presença de cinco candidatas laranjas entre as candidaturas deveria levar à cassação de toda a chapa, formada por um total de 29 candidatos, entre eleitos e não eleitos. A decisão retira o mandato de seis vereadores eleitos dos 11 existentes na Câmara de Valença do Piauí. No Alto Sertão de Alagoas, com a decisão da noite de ontem, mais uma noite perdida para alguns edis eleitos no pleito de 2016. E é fácil encontrar o que a turma do TSE julgou lá em Brasília. Analisando os resultados de 2016 para a eleição de proporcional em Delmiro Gouveia, algumas candidatas sequer tiveram o próprio voto. Mary (PRB), Judileuza (PRTB), Maria Luciana (PMDB), Maria Zilda (PPS), Isa Priscila (PSDC), Austecline (PSDC), Viviane Varjão (PSDC), Marluce do Gonzagão (PPS), não obtiveram nenhum voto. Em outros casos, nem a própria família acreditava nas candidatas. Gilmara Gonçalves (PSD), Marla Tereza (PPS) e Vanuzia (PSL) conquistaram apenas 1 voto. Em Água Branca a situação não é diferente. Lia Nóia (PSDB), Maria Helena (PPS), Gilda Noia (PMDB), Lucinha (PTN), Neuza Dorinha (PMDB), Bia De Beto (PMDB), Margarida (PP), Odete Do Tingui (PMDB), Celeste Zuza (PSD) E Lúcia (PPS), não conquistaram a confiança de nenhum eleitor - nem delas mesmo. Agora cabe ao TSE (se tiver celeridade) julgar o laranjal que se tornou a política brasileira que, de uma forma ou de outra, sempre procura o malicioso ‘jeitinho’.
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