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Eleição para prefeito: partidos estão na reta final para escolha dos candidatos




Está chegando a hora da definição das candidaturas a prefeito. Segundo o novo calendário, com datas prorrogadas em decorrência da pandemia do coronavírus, os partidos podem escolher seus nomes entre 20 de julho e 5 de agosto. Daqui a dez dias, portanto, devem ser conhecidos oficialmente alguns dos que pretendem governar nossas cidades. Por aqui, claro, o suspense maior é em torno dos concorrentes à Prefeitura de Maceió. Desde que explodiu a crise na saúde, as eleições quase sumiram do noticiário. As eleições, como você sabe, foram deslocadas de outubro para 15 de novembro. Nas cidades onde houver necessidade de um segundo turno, o eleitor voltará às urnas em 29 do mesmo mês. As novas datas, aprovadas por emenda à Constituição, enterraram de vez o delírio de muita gente que defendia a prorrogação dos atuais mandatos. Fosse assim, o pleito eleitoral seria jogado para 2022. A esdrúxula tese atendia exclusivamente aos interesses de gestores municipais que teriam assim seis anos de mandato. Também por essa estranha via, daqui a dois anos haveria eleições unificadas – de vereador a presidente da República, passando por prefeituras, Assembleias estaduais e Congresso Nacional. Antiga, a proposta é válida, mas não pra ser adotada assim, no arrastão, a toque de caixa. Mas as convenções eleitorais, desta vez, não vão lembrar em nada a tradição que todos conhecemos. Depois de décadas seguidas, não haverá aquelas festanças em grandes clubes e ginásios da capital, com milhares de pessoas, charanga, balões e barulho de estourar os ouvidos. Cada coligação terá de realizar sua convenção de maneira virtual, como recomendam protocolos obrigatórios da medicina.

Suponho que o veto a convenções festivas tem ao menos um ponto positivo: não haverá fortuna sendo investida naquele oba-oba que costuma durar um dia inteiro. Claro que os partidos não estão muito ligados nesse romantismo de economia, afinal o fundo partidário e o fundo eleitoral estão aí para bancar, com folga, todas as despesas. Mas, sem a festa, tem muita gente triste. E por onde andam os virtuais candidatos? Do começo do ano até março, eles marcavam presença nas páginas e telas da imprensa. Do mesmo modo, apareciam os caciques (e os coadjuvantes) com uma informação e outra sobre costuras e negociações para alianças. De repente, tudo mudou.

A partir de abril a pauta sobre as eleições praticamente desapareceu do dia a dia. Longe dos holofotes, porém, ninguém no meio político deixou o assunto de lado. Isso seria como pedir para você deixar de respirar. As negociações seguiram, mas em outro ritmo, sem publicidade.

E os pré-candidatos, meu amigo? Em Maceió, até um dia desses, com ou sem pandemia, três nomes apareciam com mais destaque – e ainda aparecem: Ronaldo Lessa, João Henrique Caldas e Alfredo Gaspar de Mendonça. São três opções com perfis e trajetórias bastante distintas. Quem é mais forte?

Lessa está nas paradas desde o começo dos anos 80 do século passado. Em tese é, de longe, o mais experiente nas idas, vindas e crises da política. Foi de deputado estadual a governador e hoje é deputado federal. E já exerceu também o cargo que agora pleiteia de novo – foi prefeito de Maceió.

Também deputado federal, JHC tenta outra vez o posto que disputou quatro anos atrás, sendo derrotado por Rui Palmeira, que garantiu sua reeleição. O parlamentar busca colar sua imagem ao discurso festivo de “combate à corrupção”. É um firme entusiasta de Sergio Moro e da Lava Jato.

Alfredo Gaspar de Mendonça nunca foi do ramo – ou seja, ao contrário de Lessa e JHC, estreia agora na política. Para isso, deixou uma carreira vitoriosa no Ministério Público Estadual, onde chegou ao topo como procurador-geral de Justiça. Desde 2018, vem sendo incentivado a buscar um mandato. Fala-se ainda no deputado estadual Davi Davino Filho como alguém que teria algum apoio para disputar a prefeitura da capital. Não sei. Já o PT decidiu em maio que Ricardo Barbosa será o candidato da sigla. Ele ganhou a disputa interna contra Luciana Caetano, que perdeu atirando.

Apesar do pouco tempo até as convenções – em menos de um mês, tudo estará sacramentado –, alguma novidade ainda pode pintar. É o que acreditam alguns nomes da política estadual. Mas não vejo de onde partiria algo muito diferente do que está na praça, e com força para brigar.

Lembrei: fala-se também no senador Fernando Collor. Mas aí não dá para cravar nada diante dessa eventual possibilidade. Como sempre faz nessas horas, ele deixa a coisa correr, nem nega nem confirma, muito pelo contrário. Decidir aos 45 do segundo tempo é um de seus esportes favoritos.

Nos próximos dias, para todos os nomes citados, a prioridade é ampliar alianças. Ao máximo. Por: redação blog do Célio Gomes

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