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Seduc apresenta plano de volta às aulas a prefeitos e secretários de Educação de AL



Na manhã desta segunda-feira (8), a Secretaria de Estado da Educação apresentou o plano de retomada das aulas para os prefeitos e secretários municipais de educação de Alagoas. O encontro aconteceu na sede da Associação Alagoana dos Municípios (AMA) e foi transmitido virtualmente para dezenas de prefeitos e secretários municipais de educação. O Plano é uma alternativa de direcionamento para os gestores, com relação à volta às aulas nas redes municipais.


"Assim como a área da saúde, a da educação sofreu muito. Por isso, a maioria dos municípios brasileiros está trabalhando com os governos estaduais, devido à lacuna de uma coordenação nacional. Há um silêncio, como se não houvesse pandemia e as atividades educacionais estivessem normais. O que não é verdade. Ano passado houve desafios, como a necessidade de criação de ações institucionais prévias que possibilitassem o retorno das atividades escolares em Alagoas. Tais atividades são muito mais amplas do que se deduz, pois envolvem a retomada das aulas e as ações 'fora da sala de aula', para definição e cumprimento do calendário", esclarece.


Guedes destacou a importância da criação da portaria que define o regime de atividades não presenciais, estabelecimento do ano letivo e do continuum curricular, para unificação dos anos letivos 2020-2021. Para ele, o momento atual é crucial.


"Já garantimos a continuidade das atividades escolares com calendário 2021 e definição do calendário acadêmico, mas estamos em atenção permanente ao cenário da pandemia e às eventuais necessidades de adequação. Há 15 dias, tínhamos uma portaria para o retorno na modalidade híbrida. Mas com o avanço da pandemia, foi definida a mudança para o modelo remoto, em discussão com o governador Renan Filho e a Secretaria de Estado da Saúde. A decisão priorizou a qualidade do ensino e a segurança da comunidade escolar. A gente conta, mais do que nunca, com o governo federal para fazer a parte dele. A sociedade está cansada e não quer um novo normal sem vacina", enfatiza.


Aspectos pedagógicos

O secretário executivo da Educação, José Márcio de Oliveira, destacou a construção do documento para definição de prioridades na retomada das aulas. O documento, concluído na última sexta-feira (5), já foi disponibilizado para os municípios e serve de base pedagógica para ajudar as secretarias na construção dos planos municipais.


"A primeira etapa é a de revisão do conteúdo de 2020. Paralelamente, as escolas e sistemas precisam produzir seus diagnósticos para compreender pedagogicamente em que nível os alunos estão. A partir daí, pode-se implementar os conteúdos e práticas do ano 2021. É essencial que os gestores conheçam esse documento”, destaca.


Na explanação da gerente de articulação da Seduc, Sueleide Duarte, foram esclarecidos os detalhes da proposta pedagógica para o ano letivo 2021, que observa as aprendizagens não consolidadas no de 2020.


“Nesse modelo, existe uma progressão continuada para os estudantes, mas não uma aprovação automática. Esta é uma oportunidade para a continuidade de estudos, da vida escolar e para que haja uma revisão do conteúdo de 2020. Isso ajuda a reforçar a busca ativa, evitando a desistência dos alunos que achavam que já estavam reprovados. Isso ainda permite a realização de uma avaliação qualitativa, com ações de recuperação. Nós lembramos que 2021 não é um ano comum. Por isso é necessário um investimento minucioso nesse aspecto primordial para reduzirmos qualquer prejuízo de aprendizado”, reforça.

Sesau.


O secretário estadual da saúde, Alexandre Ayres, também participou do evento e destacou o empenho do governo estadual no enfrentamento à pandemia, destacando a abertura de 308 leitos de UTI, totalizando quase 500, em todo o estado. Apesar desse avanço, reforçou que vivemos um dos piores momentos da pandemia, que só pode ser superado com a colaboração dos municípios e, claro, da população.


“É preciso uma consciência coletiva de que a luta não é só do governo, para evitar o agravamento visto em todo o país. Neste momento, sem a colaboração da população de maneira geral, não suportaremos a carga e a pressão na rede hospitalar. Depois de muitas reuniões, temos a certeza de que, com o esforço conjunto, vamos superar esse momento. Não há outra saída, senão a vacinação”, endossa.


AMA e Undime

O vice-presidente da AMA, Sérgio Lira, reforçou a importância da reunião para os municípios alagoanos. Para ele, num cenário onde não há uma coordenação nacional para as ações na área da educação, a vanguarda da Seduc é essencial para uma boa atuação das secretarias municipais.


“A atenção da Seduc para com os municípios é muito importante, já que não temos as ações verticais do governo federal. Isso nos ajuda a não ficar como acéfalos, sem saber o que e como devemos fazer. Esse momento é muito importante para esclarecer uma série de dúvidas que tínhamos. Agora, já ‘trocamos figuras’, montamos um cronograma e, daqui a três semanas receberemos, de novo, a mesma equipe da educação. A ideia é saber o que evoluiu, como evoluiu e porque evoluiu, além do que é que a gente vai fazer a partir daí”, pontua.


A União dos Dirigentes Municipais de Educação também participou do evento. O vice-presidente da Undime, Djalma Barros, reforçou o valor do conteúdo compartilhado pelo corpo técnico da Seduc, para balizar as ações no interior.

“As orientações pedagógicas sobre o currículo, a avaliação diagnóstica e a questão da busca ativa nos deixa mais seguros e oferecem um norte para o planejamento atual. Esses instrumentos técnicos e legais trazidos pela Seduc são um grande amparo para as nossas essas ações”, comemora.

Novo decreto e volta às aulas

O secretário Fábio Guedes reforçou que o novo decreto, anunciado, neste domingo, pelo governador Renan Filho, não altera o cronograma da volta às aulas em Alagoas.


Rede pública estadual: o retorno deve acontecer nesta quarta-feira, 10 de março, conforme calendário já definido e divulgado anteriormente.


Rede privada: as aulas vão continuar na modalidade híbrida.


Redes municipais: dependem do posicionamento dos prefeitos para retornarem.

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