No início,
os braços dados, os abraços, o caminhar lado a lado.
Nas falas, sempre há a citação dos nomes, a valorização das qualidades e o juramento de estarem juntos pelo bem comum.
O tempo passa, o sentimento esfria, cada um luta por objetivos diferentes e está feita a discórdia... parece até o texto de um melodrama romântico, mas é a triste realidade de diversas gestões onde os prefeitos e vice, vivem dias conturbados.
E não é só na questão municipal.
Boas as lembranças da época de Marco Maciel ou José de Alencar, que somavam na gestão presidencial.
Em algumas cidades do Alto Sertão de Alagoas, como Delmiro Gouveia, Água Branca e Pariconha, o que fez o 'caldo entornar' entre os principais mandatários municipais, nunca é dito de forma oficial por ambas as partes.
As acusações circulam nos bastidores. Alguns falam em planos perfeitos para golpe, outros citam que 'o bolo' não estava sendo repartido de forma correta.
Acontece que, restando menos de 1 ano para as convenções e a decisão das chapas para as disputas, nestes mesmo municípios os gestores devem partir para uma reeleição e o grande desafio é encontrar um Vice pra chamar de seu.
Em Água Branca, Zé Carlos ainda adia tal decisão, no grupo ainda não há nada definido. Já em Delmiro Gouveia, o que se viu foram diversos pretensos candidatos, desde alguns do poder legislativo até outras personalidades se aproximando do Prefeito Padre Eraldo. Porém, ainda não há nada oficial.
As pesquisas eleitorais ainda não foram realizadas com profundidade para que nomes possam ser testados e que haja uma possível composição de grupo.
Para os atuais mandatários, que sentiram o gosto amargo da separação (ou traição), a difícil superação da perda da confiança faz com que atrasem ainda mais a decisão.
Aos vices afastados, além da mágoa, também carregam a marca de conspiradores o que deve dificultar uma aliança com outros grupos.
Agora, é aguardar as cenas dos próximos capítulos da novela política do Alto Sertão.
E você, viu um vice por aí???
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